A comunicação social, através dos comentadores exacerbados, começou por afirmar perentória e desregularmente, que os portugueses não queriam eleições porque estavam cansados de atos eleitorais (!), como se os atos eleitorais não fossem, por definição, a essência do esclarecimento político. A mesma comunicação social e os mesmo comentadores cavalgaram, seguidamente, várias ramificações teóricas, todas alicerçadas na teoria do caos e da crise política. Vieram as sondagens e - pasme-se - estas têm refletido toda esta carga noticiosa e reiterada. Nestas circunstâncias, será muito difícil a "razão" não estar do lado deles.
Curiosamente, estes últimos dias têm mostrado outra narrativa: a luta interna do PS no que diz respeito à lista de deputados (Braga, Aveiro, entre outras distritais). Tudo, naturalmente, para mostrar a desunião e a eventual (certa, certíssima, segundo defendem) substituição de Pedro Nuno Santos na eventual (certa, certíssima, segundo os mesmos) derrota nas legislativas.
No outro lado temos Montenegro, de pedra e cal no PSD, alicerçado numa imagem de liderança incontestável e aplaudido, subliminarmente, por toda esta gente, os mesmos que também conseguem criticar, noutras alturas, as uniões (as votações) albanesas (a Albânia vem sempre à liça demonstrativa) em torno dos seus líderes, votações que não são "normais" em democracias, mas que passam a sê-lo ou, pelo menos, menos albanesas.
Em que é que ficamos? É difícil perceber, é difícil contestar. Quem o fizer, não poderá ganhar eleições.
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