Os bárbaros ataques, ocorridos numa rua de Lisboa, de um grupo de pessoas adeptas do Sporting contra outro grupo de pessoas adeptas do Futebol Clube do Porto seria uma boa oportunidade para os responsáveis desses dois clubes se unirem contra este tipo de situações. Obviamente que a polícia vai investigar e os delinquentes pagarão. No entanto, a mensagem de união dos responsáveis maiores dos clubes teria, porventura, um impacto muito maior no futebol português. Infelizmente, o futebol português precisa destes acontecimentos para continuar a sua senda comunicativa, a qual já começou nas televisões, com, por exemplo, a identificação dos adeptos agredidos do Porto como Super Dragões, como se isso fosse importante. Infelizmente, é mesmo importante, na cabecinha desta gente.
No decurso do após a Segunda Guerra Mundial, o papel da Europa no mundo, enquanto bloco em construção, sempre foi pautado pela aposta no diálogo e na diplomacia. A União Europeia é, neste pressuposto, o exemplo acabado dessa aposta: um espaço de diálogo entre as nações, uma espécie de nações unidas europeia, alargando o seu campo de ação para a união e o desenvolvimento económicos. A mensagem belicista estava, geralmente, a cargo de outros, bem mais capazes neste campo. Este panorama foi possível durar porque existiam pessoas com verdadeiras competências de liderança política, onde o primado estava sempre na dignidade do ser humano, em que a guerra, enquanto aposta na resolução de conflitos, só seria equacionada quando se esgotassem, radicalmente, todas as hipóteses diplomáticas. Não é isso que acontece nos nossos dias. De repente, acordamos e vemos a Europa e a União Europeia a cortarem os canais diplomáticos com a Rússia, país com o qual teremos de estar sempre ligados, po...
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