No Alasca, na próxima sexta-feira, Trump e Putin reunir-se-ão para mais uma extraordinária cimeira entre estes dois blocos. Dizem que vão tratar de uma resolução para o conflito entre a Rússia a Ucrânia. Penso que este será uma dos temas a desenvolver no encontro. As várias vozes da União Europeia têm-se levantado criticamente, pois não aceitam que a Ucrânia não esteja representada ao mais alto nível através do presidente Volodomir Zelensky. Não têm razão. Os Estados Unidos da América e a Rússia falam entre iguais: são duas superpotências que são obrigadas a respeitarem-se. Daí que a Ucrânia não seja tema único neste encontro. Por outro lado, a Ucrânia não foi nunca verdadeiramente ouvida com Biden. Este, com o aval do Boris Johnson, iniciaram (continuaram) o conflito, entusiasmando Zelensky a não aceitar o acordo de Istambul, que preconizava um acordo de paz entre os dois países. Depois, foi o que se viu, com a Ucrânia sempre à boleia dos entusiasmados líderes europeus e norte-americano. Assim, por que razão é que Zelensky deveria estar nesta cimeira, ele que foi sempre um títere (bem pago, diga-se de passagem, através dos milhares de milhões que a Ucrânia tem vindo a receber) nas mãos destes fracos, fraquíssimos líderes.. A seu tempo, Zelensky lá estará numa cimeira a três - ou a quatro, se a União Europeia continuar com o bracinho no ar - assinando o que tiver que assinar, proclamando uma qualquer vitória e desaparecendo, ajustadamente, do mapa, através de eleições internas.
No decurso do após a Segunda Guerra Mundial, o papel da Europa no mundo, enquanto bloco em construção, sempre foi pautado pela aposta no diálogo e na diplomacia. A União Europeia é, neste pressuposto, o exemplo acabado dessa aposta: um espaço de diálogo entre as nações, uma espécie de nações unidas europeia, alargando o seu campo de ação para a união e o desenvolvimento económicos. A mensagem belicista estava, geralmente, a cargo de outros, bem mais capazes neste campo. Este panorama foi possível durar porque existiam pessoas com verdadeiras competências de liderança política, onde o primado estava sempre na dignidade do ser humano, em que a guerra, enquanto aposta na resolução de conflitos, só seria equacionada quando se esgotassem, radicalmente, todas as hipóteses diplomáticas. Não é isso que acontece nos nossos dias. De repente, acordamos e vemos a Europa e a União Europeia a cortarem os canais diplomáticos com a Rússia, país com o qual teremos de estar sempre ligados, po...
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