A violência doméstica é um flagelo nacional, segundo os números apresentados pelas entidades competentes. No entanto, é também uma apetência para os diversos canais de televisão, os quais exploram até à exaustão, com flagrantes imagens, os casos noticiosos e que deixam, naturalmente, de ser notícia. Tudo em nome, presumo, de uma certa pedagogia de almanaque que os canais televisivos se empenham em mastigar, seja em programas da manhã, seja nos noticiários de maior audiência. Estas televisões deixam, de repente, de se importar com aquele filho de 9 anos que é constantemente exposto às imagens na televisão do pai a bater na mãe e ele, no meio, a separá-los. Sempre poderá dizer, lá na escola, que apareceu na televisão.
Não é o único, mas um dos mais recentes comentadores militares a abordar as guerras, de seu nome Jorge Saramago (mais um Major-General), não foge a uma narrativa que, após três anos e meio do início da guerra Ucrânia-Rússia , já não fica nada bem a militares continuarem a defender. O major general Saramago entrou na vida do comentariado na expetativa, a tatear, provavelmente, uma posição vantajosa, que não causasse muitos atritos. Mas depressa tomou posição: o homem é mais um que debita barbaridades: a Rússia avança muito pouco, a Rússia tem um nível de mortos elevado, a Rússia é o diabo... Estou em crer que seria altura de uma maior razoabilidade destas pessoas, principalmente aqueles que ostentam qualificativos militares.
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