A besta é o carro no qual o presidente dos E. U. A. costuma deslocar-se. Aquando do funeral da rainha de Inglaterra, os ingleses queriam juntar todos os líderes presentes num autocarro, em cortejo. A resposta da equipa responsável pela segurança do presidente americano foi deliciosa: o presidente dos "United States" não anda de autocarro. É verdade: anda no "Air Force One" ou na "Besta". Trump deu boleia a Putin na sua viatura, para desagrado do "ocidente alargado" (ainda não sei o que isso significa). Pode ser que me engane, mas ainda vamos ver, não tardará muito, Zelensky ao lado de Trump na "Besta" ou, quem sabe, no próprio "Air Force One". E assim a guerra resolver-se-á e Trump será o próximo prémio Nobel da Paz. Intatilidades à parte (não: infantilidades presentes), o nosso mundo está mesmo assim.
No decurso do após a Segunda Guerra Mundial, o papel da Europa no mundo, enquanto bloco em construção, sempre foi pautado pela aposta no diálogo e na diplomacia. A União Europeia é, neste pressuposto, o exemplo acabado dessa aposta: um espaço de diálogo entre as nações, uma espécie de nações unidas europeia, alargando o seu campo de ação para a união e o desenvolvimento económicos. A mensagem belicista estava, geralmente, a cargo de outros, bem mais capazes neste campo. Este panorama foi possível durar porque existiam pessoas com verdadeiras competências de liderança política, onde o primado estava sempre na dignidade do ser humano, em que a guerra, enquanto aposta na resolução de conflitos, só seria equacionada quando se esgotassem, radicalmente, todas as hipóteses diplomáticas. Não é isso que acontece nos nossos dias. De repente, acordamos e vemos a Europa e a União Europeia a cortarem os canais diplomáticos com a Rússia, país com o qual teremos de estar sempre ligados, po...
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