Pois é, apesar e depois de todos os malabarismos hermenêuticos dos inefáveis e sempre listos comentadores, "at the end of the day", parece-me avisado sublinhar que quando as reuniões são entre duas superpotências, é errado minimizar ou secundárizar uma delas.
A Europa nunca entendeu isto: a Rússia fala horizontalmente com os E. U. A. A par da Rússia, só um outro país o consegue fazer. Exato: a China.
Há quem não goste. Há quem preferisse continuarmos com os escombros da implosão da União Soviética. Aliás, um dos motivos decisivos para esta guerra encomendada entre a Rússia e a Ucrânia (entre os E. U. A. de Biden e a Rússia) era precisamente o enfraquecimento da poderosa Rússia, num eventual desmembramento daquele vasto território. Não perceberam, estes arautos, que o que aconteceu pós-União Soviética muito dificilmente aconteceria de novo: Putin sabe que a força da Rússia vem também da imensidão do país - provavelmente, a Rússia é o único país autossustentável do mundo. Para além disso, os Boris Nicoláievitch Iéltsin não costumam emergir, felizmente para a humanidade, muitas vezes.
Resta, assim, o inevitável: um entendimento entre a Rússia e os E U. A. para a Ucrânia assinar e os extraordinários líderes europeus desafogarem temporariamente, através de uma qualquer encenada ação sancionadoramente musculada, até porque juraram apoiar a democratíssima Ucrânia "as long as ir takes".
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