Começa-se a banalizar a ideia da banalização das Comissões Parlamentares de Inquérito. Ora, na eventualidade dessa banalização existir (não estou certo) a razão reside exclusivamente num lado: a falta de clareza dos políticos (convém sublinhar: destes políticos). Se acaso estes políticos não fossem sistematicamente lacónicos nas suas respostas, às quais são obrigados a responder, não haveria necessidade de comissões parlamentares de inquérito. Estas não são mais, no contexto em que vivemos, da assunção de uma acusação de que estes políticos não são capazes de responder com verdade, o que equivale a afirmar que são mentirosos. Deste modo, a Comissão Parlamentar de Inquérito obriga-os a não mentirem, sob pena de incorrerem em verdadeiros delitos criminais, designadamente o crime de desobediência qualificada.
Penso que é uma das maneiras (a melhor?) de tratar com os habilidosos que por aí pululam. Daí que convém que a comunicação social em geral não se deixe arrastar pelas ideias iluminadas de muitos turbo especialistas.
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