Parece, então, que vai haver eleições. Quer isto dizer que vamos ter, lá para o verão, um parlamento renovado. Também quer dizer que metade daquele grupo parlamentar do Chega vai voltar para as obras, o que é uma boa notícia para a construção civil. Não é que eu tenha qualquer preconceito profissional para com os trabalhadores deste ramo, antes pelo contrário. Penso até que a renovação vai ser benigna para o partido, pois ficará com um grupo parlamentar mais refinado, agora que sabem que os escolhidos para deputados nas listas podem mesmo ser eleitos.
A luta do PSD e CDS para deixar de fora o PPM permanecendo, no entanto, com a sigla AD foi chumbada pelo Tribunal Constitucional. Se quiserem continuar coligados, estes dois partidos terão de alterar a sigla, pois o PPM faz parte dela. O mais curioso, a meu ver, diz respeito ao CDS, o qual, com sabemos, está representado no parlamento não por mérito próprio, mas por estar coligado com o PSD. O CDS, com a sua enorme força política, não quer a companhia de pequenos partidos na coligação. Um dia, o PSD acorda e verifica que o CDS afinal, só lhe traz problemas, convidando, quem sabe, a Iniciativa Liberal para ocupar o lugar deixado vago pelo CDS-PP. E será nesse dia que o partido fundado por Freitas do Amaral se tornará próximo do PPM, quanto mais não seja pela inexistência representativa. Talvez os Nunos Melos que por lá pululam se lembrem então que não basta andarem encostados para existir.
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