Já é a segunda vez (consecutiva) que uma fotografia da guerra em Gaza ganha o prémio de fotografia do ano do "World Press Photo".
Confesso a minha incredulidade: é fácil ganhar prémios fotográficos mostrando crianças sem braços e mães a apoiar um filho morto nos braços.
Os horrores da guerra não deveriam servir para ganhar prémios. Não se pode apoiar militarmente uma guerra (ou estarmos silenciosamente acomodados) para depois aplaudirmos, num nisto de indignação e admiração lamentavelmente estética, a performance artística do fotógrafo.
O horror das guerras é, fundamentalmente, um e chama-se danos colaterais. Assim, no plural.
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