Luís Montenegro tem sido profícuo nas suas manifestações de júbilo eleitoral, eventualmente dirigidas pelos seus assessores de comunicação. A última foi a de se autoconsiderar com a responsabilidade de ser o farol que o país precisa. Esta aproximação de Montenegro ao homem do leme cavaquista é mais do que evidente e, sendo evidente, mostra, de certo modo, uma enviesada leitura do país em que vive.
É certo que o sebastianismo ainda andará por aqui, meio invisível por entre as brumas da memória. O almirante Gouveia e Melo que o diga. Mas alcandorarmos Luís Montenegro como o nosso faroleiro-mor poderia ter sentido se optássemos pelo significado mais popular: "pessoa que fala muito e sem sentido, que gosta de se vangloriar". Neste contexto, Montenegro terá toda a razão; faroleiro enquanto farol ("nesta campanha podemos dizer que levamos a luz, a lanterna..."), é, simplesmente, uma boa piada.
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