Vi anteontem um jornalista da CNN-Portugal a contraditar o seu convidado, o major-general Agostinho Costa,, para analisar a guerra na Ucrânia, nestes termos: "mas é preciso haver contraditório".
Esta expressão lógica, por estar, precisamente, carregada de uma inquestionável logicidade, poderia ser usada num qualquer programa humorístico, numa, por exemplo, inversão de sentido. Chama-se a isto ironia
Mas não era disso que se tratava: o jornalista estava a falar a sério: queria o contraditório e, por isso, começou a contraditar. Depois de contraditar, numa espécie de rotação pivotal, voltou a sentar-se na sua cadeirinha de pivot e recomeçou a leitura do teleponto, em que se seguiu a interessante notícia de um incêndio em Cabanas de Baixo.
Adenda: posteriormente à publicação deste post, vi isto. Vale a pena espreitar.
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