Os procuradores do Ministério Público não têm mundo, devem ser uns desgraçados que foram “bulimizados” quando andaram na escola (até ao último ano da faculdade) e, agora, no alto do seu arreigado e indecoroso poder, vingam-se, se possível criativamente, em pessoas que têm ou já tiveram preponderância político-mediática.
Isso de revelar, através de uma conversa de José Sócrates com Henrique Granadeiro, em tribunal, uma descontraída troca de palavras entre Mário Soares e Almeida Santos para provar a intimidade amiga dos dois primeiros, é absoluta e humanamente esquisito. No mínimo.
No decurso do após a Segunda Guerra Mundial, o papel da Europa no mundo, enquanto bloco em construção, sempre foi pautado pela aposta no diálogo e na diplomacia. A União Europeia é, neste pressuposto, o exemplo acabado dessa aposta: um espaço de diálogo entre as nações, uma espécie de nações unidas europeia, alargando o seu campo de ação para a união e o desenvolvimento económicos. A mensagem belicista estava, geralmente, a cargo de outros, bem mais capazes neste campo. Este panorama foi possível durar porque existiam pessoas com verdadeiras competências de liderança política, onde o primado estava sempre na dignidade do ser humano, em que a guerra, enquanto aposta na resolução de conflitos, só seria equacionada quando se esgotassem, radicalmente, todas as hipóteses diplomáticas. Não é isso que acontece nos nossos dias. De repente, acordamos e vemos a Europa e a União Europeia a cortarem os canais diplomáticos com a Rússia, país com o qual teremos de estar sempre ligados, po...
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