Os comentadores (e jornalistas) de serviço das televisões, especialistas em tudo, andam à cata de qualquer coisa que sirva para pregar José Sócrates à cruz. Acontece que Sócrates continua com a mesma postura combativa, desde o primeiro dia, aquele curioso dia em que foi preso, quando chegava ao aeroporto de Lisboa, vindo de Paris. Preso durante quase um ano para que o Ministério Público pudesse investigar à vontade.
Por isso, na já arreigada incapacidade e desvergonha das televisões, o foco jornalístico tem de se situar na esfera comportamental do antigo primeiro-ministro. O que sabemos, então? Sócrates não respeita o tribunal, nem a juíza; Sócrates é arrogante; nunca vi ninguém com a postura de Sócrates em tribunal, nem mesmo os mais indecorosos criminosos; os microfones não aguentaram o volume da voz de Sócrates; há limites para o mau comportamento...
E é assim que se faz jornalismo em Portugal.
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