Pedro Sánchez, presidente do conselho de ministros espanhol, apelou, no Chile, na cimeira Democracia Sempre, uma coordenação mais efetiva dos governos progressistas perante aquilo que ele considera o perigo reacionário ligado a um discurso de ódio, divisionista, da mentira. Podia também acrescentar o adjetivo belicista, que se enquadrava muito bem na sua linha discursiva. Não o fez. Mas devia tê-lo feito. Daria jeito a uma União Europeia mais vozes "progressistas", até para não confundirmos este progressismo evocado por Sánchez com o progressismo alinhavado e rasurados de Vítor Orbán ou Robert Fico.
Não é o único, mas um dos mais recentes comentadores militares a abordar as guerras, de seu nome Jorge Saramago (mais um Major-General), não foge a uma narrativa que, após três anos e meio do início da guerra Ucrânia-Rússia , já não fica nada bem a militares continuarem a defender. O major general Saramago entrou na vida do comentariado na expetativa, a tatear, provavelmente, uma posição vantajosa, que não causasse muitos atritos. Mas depressa tomou posição: o homem é mais um que debita barbaridades: a Rússia avança muito pouco, a Rússia tem um nível de mortos elevado, a Rússia é o diabo... Estou em crer que seria altura de uma maior razoabilidade destas pessoas, principalmente aqueles que ostentam qualificativos militares.
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