Não é, de facto, por falta de especialistas que o país não avança como deveria avançar. Com as guerras, apareceram os das guerras; com os fogos, apareceram os dos incêndios. Muitos destes últimos, dão também uma perninha nos temas da guerra. Há também os especialistas em futebol que, por sinal, são também especialistas a comentar política, seja ela nacional ou internacional. Os especialistas que se sentem à-vontade a comentar o que lhes aparece à frente também existem e os especialistas que afirmam que não são especialistas no que estão a comentar também andam por aí. Presumo que estes últimos serão os mais honestos. As televisões ainda não haviam descoberto este filão. Origem deste fenómeno: o futebol, claro.
A luta do PSD e CDS para deixar de fora o PPM permanecendo, no entanto, com a sigla AD foi chumbada pelo Tribunal Constitucional. Se quiserem continuar coligados, estes dois partidos terão de alterar a sigla, pois o PPM faz parte dela. O mais curioso, a meu ver, diz respeito ao CDS, o qual, com sabemos, está representado no parlamento não por mérito próprio, mas por estar coligado com o PSD. O CDS, com a sua enorme força política, não quer a companhia de pequenos partidos na coligação. Um dia, o PSD acorda e verifica que o CDS afinal, só lhe traz problemas, convidando, quem sabe, a Iniciativa Liberal para ocupar o lugar deixado vago pelo CDS-PP. E será nesse dia que o partido fundado por Freitas do Amaral se tornará próximo do PPM, quanto mais não seja pela inexistência representativa. Talvez os Nunos Melos que por lá pululam se lembrem então que não basta andarem encostados para existir.

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