A Rússia alarga os seus braços ursos, através de influências e batota informática, para os Estados Unidos, Roménia, Moldávia, para tudo quanto mexe eleitoralmente. Onde há eleições, a Rússia está lá. Pelo menos, é o que se vende por esse mundo fora, por esses canais uníssonos de comunicação social. A União Europeia, pelo contrário, não influencia ou tenta influenciar: simplesmente não aceita resultados eleitorais que não vão ao encontro das suas expetativas. Aconteceu, entre outros exemplos, no referendo escocês e nas eleições presidenciais romenas. E os Estados Unidos? Ah! Esse país, paradigma da democracia, não mexe sequer uma palha no alargamento da sua influência planetária. Limitam-se, respeitosa e democraticamente, a aceitar tudo o que vem "lá de fora". Até estarão a pensar em desmantelar as três ou quatro bases militares que ainda mantêm ativas no exterior.
A luta do PSD e CDS para deixar de fora o PPM permanecendo, no entanto, com a sigla AD foi chumbada pelo Tribunal Constitucional. Se quiserem continuar coligados, estes dois partidos terão de alterar a sigla, pois o PPM faz parte dela. O mais curioso, a meu ver, diz respeito ao CDS, o qual, com sabemos, está representado no parlamento não por mérito próprio, mas por estar coligado com o PSD. O CDS, com a sua enorme força política, não quer a companhia de pequenos partidos na coligação. Um dia, o PSD acorda e verifica que o CDS afinal, só lhe traz problemas, convidando, quem sabe, a Iniciativa Liberal para ocupar o lugar deixado vago pelo CDS-PP. E será nesse dia que o partido fundado por Freitas do Amaral se tornará próximo do PPM, quanto mais não seja pela inexistência representativa. Talvez os Nunos Melos que por lá pululam se lembrem então que não basta andarem encostados para existir.
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