Tenho defendido que as superpotências alinham, de uma maneira geral, por uma cartilha muito idêntica. Chamam-lhe doutrina. Uma das criticas que se faz à Rússia, a respeito da invasão da Ucrânia, tem a ver com a irrazoabilidade da sua ação agressiva. Ou seja: a Ucrânia teria todo o direito de entrar para a Nato, de colocar no seu território o armamento que quisesse, pois a soberania é, irrefletidamente, sagrada.
Há uma que questão que se deve colocar, tendo em conta este pressuposto: o que faria qualquer presidente dos Estados Unidos da América (Clinton, Bush, Obama, Trump) se a China ou a Rússia convencessem o México ou a Venezuela a deixarem-nos implantar uma base militar nos seus países? Eu sei qual seria a resposta: igual ou pior à que foi a da Rússia.
No entanto, não é preciso ir tão longe: os EUA (e, já agora, a triste União Europeia) são claros em relação ao Irão: não podem ter armas nucleares, mesmo que um dos seus crónicos inimigos as tenham em abundância.
São paradoxos e estes também se explicam. Imaginação e aldrabices não serão problemas.
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