As declarações últimas de Trump sobre Putin, Ucrânia, União Europeia, guerra mostram, indubitavelmente, a aposta da América numa economia de guerra, tal como, aliás, aparentemente, é a aposta de muitos outros países e blocos. Acontece que, nesta "lei" mercantil, há quem já esteja no terreno e quem chegue tarde. Os últimos (União Europeia) são, por norma, os mais prejudicados. Estranhamente, há um jubilamento pueril nas hostes europeias, que o comentariado televisivo acompanha. Aplaudem o quê? A continuação da guerra, com este novo"game-changing"?
No decurso do após a Segunda Guerra Mundial, o papel da Europa no mundo, enquanto bloco em construção, sempre foi pautado pela aposta no diálogo e na diplomacia. A União Europeia é, neste pressuposto, o exemplo acabado dessa aposta: um espaço de diálogo entre as nações, uma espécie de nações unidas europeia, alargando o seu campo de ação para a união e o desenvolvimento económicos. A mensagem belicista estava, geralmente, a cargo de outros, bem mais capazes neste campo. Este panorama foi possível durar porque existiam pessoas com verdadeiras competências de liderança política, onde o primado estava sempre na dignidade do ser humano, em que a guerra, enquanto aposta na resolução de conflitos, só seria equacionada quando se esgotassem, radicalmente, todas as hipóteses diplomáticas. Não é isso que acontece nos nossos dias. De repente, acordamos e vemos a Europa e a União Europeia a cortarem os canais diplomáticos com a Rússia, país com o qual teremos de estar sempre ligados, po...
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