O fio condutor jornalístico, para as próximas semanas, quiçá mês e meio, está encontrado: qual o impacto que os resultados das eleições na Madeira terão nas eleições para o governo da República. Não vale a pena perder um minuto a pensar no impacto nulo de outras eleições regionais, madeirenses ou açorianas, nestas décadas de democracia. As palas estão já postas e é só olhar para a frente. Nada mais interesse enquanto esta narrativa não estiver bem esprimida.
A luta do PSD e CDS para deixar de fora o PPM permanecendo, no entanto, com a sigla AD foi chumbada pelo Tribunal Constitucional. Se quiserem continuar coligados, estes dois partidos terão de alterar a sigla, pois o PPM faz parte dela. O mais curioso, a meu ver, diz respeito ao CDS, o qual, com sabemos, está representado no parlamento não por mérito próprio, mas por estar coligado com o PSD. O CDS, com a sua enorme força política, não quer a companhia de pequenos partidos na coligação. Um dia, o PSD acorda e verifica que o CDS afinal, só lhe traz problemas, convidando, quem sabe, a Iniciativa Liberal para ocupar o lugar deixado vago pelo CDS-PP. E será nesse dia que o partido fundado por Freitas do Amaral se tornará próximo do PPM, quanto mais não seja pela inexistência representativa. Talvez os Nunos Melos que por lá pululam se lembrem então que não basta andarem encostados para existir.
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