Já se começam a ver reportagens em direto, em algumas televisões, a mostrar as filas de imigrantes que, à porta da AIMA, tentam regularizar as suas situações de permanência no país. As intempestivas entrevistas a essas pessoas que se encontram à espera da abertura da porta são tão naturais como quem bebe um copo de água numa tarde de calor. Ficamos então à espera do direto da deportação dessas pessoas, com as bandeirinhas do Chega e do PSD à noite, numa televisão perto de si.
A luta do PSD e CDS para deixar de fora o PPM permanecendo, no entanto, com a sigla AD foi chumbada pelo Tribunal Constitucional. Se quiserem continuar coligados, estes dois partidos terão de alterar a sigla, pois o PPM faz parte dela. O mais curioso, a meu ver, diz respeito ao CDS, o qual, com sabemos, está representado no parlamento não por mérito próprio, mas por estar coligado com o PSD. O CDS, com a sua enorme força política, não quer a companhia de pequenos partidos na coligação. Um dia, o PSD acorda e verifica que o CDS afinal, só lhe traz problemas, convidando, quem sabe, a Iniciativa Liberal para ocupar o lugar deixado vago pelo CDS-PP. E será nesse dia que o partido fundado por Freitas do Amaral se tornará próximo do PPM, quanto mais não seja pela inexistência representativa. Talvez os Nunos Melos que por lá pululam se lembrem então que não basta andarem encostados para existir.
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