Passa completamente ao lado dos nossos europeizados olhos as mortes que Donald Trump tem ordenado a alguns barcos suspeitos de tráfego de droga. Infelizmente, não são os barcos que morrem, mas sim pessoas que, provavelmente, nada têm a ver com o negócio de drogas. No tempo da Europa civilizada, atos deste tipo eram criticados, advogando que, primeiro, é suposto os suspeitos serem interrogados. Mas vivemos em tempos novos, novos tempos desumanizados. A par desta desumanização, há toda uma hipocrisia que vem ao de cima através dos silêncios e dos discursos redondos que nada, mesmo nada acrescentam, a não ser mortes que facilmente poderiam ser evitadas.
A luta do PSD e CDS para deixar de fora o PPM permanecendo, no entanto, com a sigla AD foi chumbada pelo Tribunal Constitucional. Se quiserem continuar coligados, estes dois partidos terão de alterar a sigla, pois o PPM faz parte dela. O mais curioso, a meu ver, diz respeito ao CDS, o qual, com sabemos, está representado no parlamento não por mérito próprio, mas por estar coligado com o PSD. O CDS, com a sua enorme força política, não quer a companhia de pequenos partidos na coligação. Um dia, o PSD acorda e verifica que o CDS afinal, só lhe traz problemas, convidando, quem sabe, a Iniciativa Liberal para ocupar o lugar deixado vago pelo CDS-PP. E será nesse dia que o partido fundado por Freitas do Amaral se tornará próximo do PPM, quanto mais não seja pela inexistência representativa. Talvez os Nunos Melos que por lá pululam se lembrem então que não basta andarem encostados para existir.
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