António Costa liderou um excelente governo nos idos de 2015-2019. Foi o governo da geringonça . Deve-se a ele e, sobretudo, ao PCP , a oportunidade que teve. Durante esse quadriénio, o país rejuvenesceu, saiu de uma sombra radicalmente conservadora, a qual foi, de certo modo, premonitória no espalhamento da mensagem milagrosa do Chega . Veio o seu segundo governo, agora com inesperadíssima maioria absoluta. acabou como sabemos, artificialmente. Tão artificialmente, quanto a sua aceitação do cargo de presidente do conselho europeu. No entanto, dei-lhe o benefício da dúvida: como socialista, António Costa não é Van der Leyen, nem Kallas : vai para Bruxelas para ser pelo menos, tão dinâmico e diplomático quanto o fora na geringonça. Enganei-me redondamente: António Costa foi para Bruxelas gozar uma reforma dourada. É triste, mas é verdade. Pelo menos, parece ser verdade.