Pedro Sánchez, presidente do conselho de ministros espanhol, apelou, no Chile, na cimeira Democracia Sempre , uma coordenação mais efetiva dos governos progressistas perante aquilo que ele considera o perigo reacionário ligado a um discurso de ódio, divisionista, da mentira. Podia também acrescentar o adjetivo belicista, que se enquadrava muito bem na sua linha discursiva. Não o fez. Mas devia tê-lo feito. Daria jeito a uma União Europeia mais vozes "progressistas", até para não confundirmos este progressismo evocado por Sánchez com o progressismo alinhavado e rasurados de Vítor Orbán ou Robert Fico.
Retirar da matriz curricular da disciplina de cidadania as questões relacionadas com os domínios sexuais e de identidade de género é mais uma cedência à matriz programática e mental de uma atmosfera do "antigamente", tão cara ao conservadorismo montano e hipócrita dos partidos conservadores do nosso parlamento. Poderia o governo reformular a disciplina sem retirar esses domínios, mas optou pelo mais fácil, pelo mais lucrativo, pelo pior.