Podia-se considerar que Jair Bolsonaro está a provar do veneno que semeou aquando do seu consulado como Presidente do Brasil, particularmente em relação a Lula da Silva; podíamos até, à luz dessa evidência, deleitamo-nos com a "suprema humilhação", segundo as suas próprias palavras, que está a passar, com a obrigação, decretada pelo Supremo Tribunal Federal, de ter de usar uma tornozeleira eletrónica para, assim, eliminar riscos de fuga. Todos estes estados de alma são humanos e, por isso, compreensíveis. No entanto, se optássemos por esse caminho, escolheríamos, precisamente, o percurso pensado e sonhado e concretizado do ex-presidente e, aparentemente, amigo de Donald Trump. Seria, portanto, recomendado que Lula da Silva se afastasse, objetivamente, do processo judicial em curso. Seria bom, principalmente, para a democracia brasileira.